quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A mais bela flor

A mais bela flor.

O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho.

Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar.

E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente cabeça pendente, e disse cheio de alegria:

- Veja o que encontrei:

Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.

Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:

- O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei; ei-la, é sua.

A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá.

Então me estendi para pegá-la e respondi:

- O que eu precisava.

Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.

Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.

- De nada, ele sorriu.

E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia. Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho.

Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente?

Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.

E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu. E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.

Autor: ???????


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Montanha

A Montanha


Filho e pai caminhavam por uma montanha.
De repente, o filho cai, magoa-se e grita:
- Aiii!!
Para sua surpresa, escuta a sua voz repetindo-se em algum lugar na montanha:
- Aiii!!
Curioso o filho pergunta:
- Quem és tu?
E recebe como resposta:
- Quem és tu?
Contrariado grita:
- Covarde!
E escuta como resposta:
- Covarde!
O filho olha para o pai e pergunta, aflito:
- O que é isto?
O pai sorri e fala:
- Meu filho, presta atenção.
Então o pai grita em direção à montanha:
- Eu admiro você!
A voz responde:
- Eu admiro você!
De novo, o homem grita:
- És um campeão!
A voz responde:
-És um campeão!
O filho fica espantado. Não entende.

E o seu pai explica:

- As pessoas chamam isto de ECO, mas, na verdade, isto é a VIDA. A VIDA dá-te de volta tudo o que DIZES, tudo o que DESEJAS DE BOM E DE MAL AOS OUTROS. A VIDA devolve-te toda a BLASFÉMIA, INVEJA, INCOMPREENSÃO, FALTA DE HONESTIDADE que desejas, e que praguejas às pessoas que te rodeiam. A NOSSA VIDA é simplesmente o REFLEXO das nossas ações.
Se queres mais AMOR, COMPREENSÃO, SUCESSO, HARMONIA, FIDELIDADE, cria mais AMOR, COMPREENSÃO, HARMONIA, no teu coração.
Se agires assim, a VIDA te dará FELICIDADE, SUCESSO E AMOR das pessoas que te rodeiam.

Autor: ???????


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mães Malvadas

Mães Malvadas


Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de lhes dizer:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com que vão, a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro e fazê-los dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, por duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque, no final, vocês venceram também! E, em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e mães, quando eles perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: “Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais malvada do mundo”.
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço, e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e “fuçava” nos nossos e-mails). Era quase em prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil”. Nós tínhamos de tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E, quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham de subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos de esperar pelos 16 para chegarmos um pouco mais tarde, e aquela chata lavantava-se para saber se a festa tinha sido boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolecência:
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje.

Não há suficientes mães “MALVADAS”!



Autor: Carlos Hecktheuer


terça-feira, 23 de junho de 2009

O vaso com rachaduras

O vaso com rachaduras

Conta a lenda indiana que um homem transportava água todos os dias para a sua aldeia, usando dois grandes vasos que prendia nas extremidades de um pedaço de madeira, e colocava atravessado nas costas.

Um dos vasos era mais velho que o outro, e tinha pequenas rachaduras; cada vez que o homem percorria o caminho até sua casa, metade da água se perdia.

Durante dois anos o homem fez o mesmo percurso. O vaso mais jovem estava sempre muito orgulhoso de seu desempenho, e tinha certeza que estava à altura da missão para o qual tinha sido criado, enquanto o outro vaso morria de vergonha por cumprir apenas a metade de sua tarefa, mesmo sabendo que aquelas rachaduras eram fruto de muito tempo de trabalho.

Estava tão envergonhado que um dia, enquanto o homem se preparava para pegar água no poço, decidiu conversar com ele:

- Quero pedir desculpas, já que devido ao meu tempo de uso, você só consegue entregar metade da minha carga, e saciar a metade da sede que espera em sua casa.

O homem sorriu, e lhe disse:
- Quanto voltarmos, por favor olhe cuidadosamente o caminho.

Assim foi feito. E o vaso notou que, do seu lado, cresciam muitas flores e plantas.

- Vê como a natureza é mais bela do seu lado? - comentou o homem. - Sempre soube que você tinha rachaduras, e resolvi aproveitar-me deste fato. Semeei hortaliças, flores e legumes, e você as tem regado sempre. Já recolhi muitas rosas para decorar minha casa, alimentei meus filhos com alface, couve e cebolas. Se você não fosse como é, com poderia ter feito isso.

"Todos nós, em algum momento, envelhecemos e passamos a ter outras qualidades. É sempre possível aproveitar cada uma destas novas qualidades para obter um bom resultado."

Fonte: http://www.warriorofthelight.com/port/index.html


quarta-feira, 29 de abril de 2009

O jogo de xadrez

O jogo de xadrez

O jovem disse ao abade do mosteiro:
- Bem que eu gostaria de ser um monge, mas nada aprendi de importante na vida. Tudo que meu pai me ensinou foi jogar xadrez, que não serve para iluminação. Além do mais, aprendi que qualquer jogo é um pecado.
- Pode ser um pecado mas também pode ser uma diversão, e quem sabe este mosteiro não está precisando um pouco de ambos - foi a resposta.
O abade pediu um tabuleiro de xadrez, chamou um monge, e mandou-o jogar com o rapaz.
Mas antes da partida começar, acrescentou:
- Embora precisemos de diversão, não podemos permitir que todo mundo fique jogando xadrez. Então, teremos apenas o melhor dos jogadores aqui; se nosso monge perder, ele sairá do mosteiro, e abrirá uma vaga para você.
O abade falava sério. O rapaz sentiu que jogava por sua vida, e suou frio; o tabuleiro tornou-se o centro do mundo.
O monge começou a perder. O rapaz atacou, mas então viu o olhar de santidade do outro; a partir deste momento, começou a jogar errado de propósito. Afinal de contas preferia perder, porque o monge podia ser mais útil ao mundo.
De repente, o abade jogou o tabuleiro no chão.
- Você aprendeu muito mais do que lhe ensinaram - disse. - Concentrou-se o suficiente para vencer, foi capaz de lutar pelo que desejava. Em seguida, teve compaixão, e disposição para sacrificar-se em nome de uma nobre causa. Seja bem-vindo ao mosteiro, porque sabe equilibrar a disciplina com a misericórdia.

Fonte: http://www.warriorofthelight.com/port/index.html


Quem é mais poderoso?

Quem é mais poderoso?

Conta-se que certa vez num longínquo país do oriente, um rei muito prepotente, malvado, numa reunião em seu palácio, pergunta aos sábios do seu reino:
- Quem é mais poderoso, eu ou DEUS?
Os sábios ficaram numa situação difícil, se falassem que era DEUS, ele mandava degolar a todos, se falassem que era ELE, era realmente um absurdo, pois nem ele mesmo iria acreditar ser mais poderoso que o próprio DEUS! O rei percebendo o embaraço deles assim falou:
- Voltem daqui a três dias com a resposta, neste mesmo lugar!
Os sábios preocupados, reuniram-se para pensar, no entanto, a resposta não surgia, até que o mais humilde dos sábios falou:
- Podem deixar que darei a resposta adequada!
O que foi aceito com prazer, mas logo ele que falava pouco, que iria ele dizer? Pensaram os outros.
Chegado o momento, o rei no seu palácio, junto com os sábios, perguntou:
- Sábios do meu reino, quem é mais poderoso, eu ou DEUS?
Nesse instante levantou o sábio indicado e disse:
- Sois vós!
- Mas porque sou eu? Falou o rei com a arrogância que lhe era peculiar.
- Porque vós podeis me expulsar do seu reino, enquanto que DEUS jamais me expulsaria do dele!

Autor: ???????


sexta-feira, 27 de março de 2009

Saber viver...

Saber viver...

No primeiro dia de aula nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim. Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser. Ela disse:

- "Ei, bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?"

Eu ri, e respondi entusiasticamente: "É claro que pode!", e ela me deu um gigantesco apertão. Não resisti e perguntei-lhe: "Por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?", e ela respondeu brincalhona:

- "Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar."

"Está brincando", eu disse. Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse:

- "Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!"
Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um milkshake de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela "máquina do tempo" compartilhar sua experiência e sabedoria comigo.

No decurso de um ano, Rose tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse. Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida!

No fim do semestre nós convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Jamais esquecerei o que ela nos ensinou.

Ela foi apresentada e se aproximou do pódium. Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente:

- "Desculpem-me, eu estou tão nervosa! Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei." Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta começou: "Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso. Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia. Segundo, você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam! Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer. Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na ; cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho. Isso não exige talento nem ha
bilidade, é um a conseqüência natural da vida. A idéia é crescer através das oportunidades. E por último, não tenha remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As únicas pessoas que tem medo da morte são aquelas que tem remorsos." Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente "Rosa". Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária.

No fim do ano Rose terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos atrás. Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranqüilamente em seu sono. Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser, se realmente desejar.

Autor: ???????